sábado, 30 de junho de 2012

Liberdade e poder são os enfoques da tragédia “Calígula”




Por Aldy Coelho
Escrita em 1942 por Albert Camus, e definida pelo próprio autor como uma tragédia da inteligência, “Calígula” é um clássico do teatro que será encenado na 10ª. Mostra de Teatro de Taubaté.
A peça conta a história de Caio Júlio César Augusto Germânico, terceiro imperador romano, reinante entre 37 e 41 dC., que ficou conhecido pela sua natureza extravagante e por vezes cruel. Calígula é o filho mais novo de Germânico e Agripina, bisneto de César Augusto.
Ele irrompe em cena após a morte de Drusila, sua irmã, com quem tinha uma relação incestuosa, e desde então, obcecado com o impossível, envenenado pelo desprezo e horror, tenta através do crime e da perversão de todos os valores procurar pela liberdade absoluta.
          Em seu texto, Albert Camus retrata as questões da felicidade, da liberdade e do poder, este último com suas consequências, como as deturpações, incompreensões e equívocos. Também aponta este mesmo poder como causa para a descoberta da ausência de limites interiores.
Os intelectuais da década de 1940 reconheceram, através do personagem retratado como um imperador louco, a figura de Adolf Hitler. “Calígula” é uma peça que fala sobre o poder como motor da descoberta do monstro que cada um de nós arrasta dentro de si, fazendo uma reflexão sobre o homem e sobre aqueles que podem ser os seus extremos.
Esta é uma produção do Grupo Club do Silêncio, com direção de Renato Crozariol, e traz no elenco como personagem-título o ator Rodrigo di Paula com um grande elenco. A estreia será dia 17 de julho, terça-feira, às 20h00, no Teatro Metrópole. Ingressos à venda por R$5,00.

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