quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ESPETÁCULOS DO VALE SE FIRMAM COMO OS GRANDES VENCEDORES DO 1º. FESTIVAL DE TEATRO DE TAUBATÉ




A Cia. na Boca de Jacareí sagrou-se campeã no 1º. Festival de Teatro de Taubaté com o Espetáculo “O Halo”, com interpretação solo de Paola Gonçalves e direção de Feu de Andrade. O grupo recebeu troféu e R$ 3.000,00 (três mil reais) como prêmio.


Em segundo lugar ficou a Cia. Teatral Club Silêncio, de Taubaté, com a peça “Calígula”, levando troféu e R$ 2.000,00 (dois mil reais). E em terceiro lugar ficou a Cia. Balakko Bacco, também de Taubaté, com a peça “Queijo e Goiabada”, recebendo como prêmio troféu e R$ 1.000,00 (um mil reais).
 

Texto e Fotos: Aldy Coelho

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 Jornal Diário de Taubaté

FESTIVAL TAMBÉM PREMIA OS MELHORES EM CADA CATEGORIA


Todos os grupos receberam certificado de participação, e a grande maioria dos grupos receberam troféus como os melhores nas categorias concorrentes. Para cada categoria, três nomes eram indicados, mas somente um de cada categoria foi o escolhido pelo júri para receber o troféu.
Conheça os vencedores:
Melhor Direção – Feu de Andrade, Cia. na Boca de Jacareí,
pela peça ‘O Halo’.
Indicados: Carlos Rosa, do Grupo Teatro Del Rinoceronte; Fernando Rodrigues, do Laboratório de Teatro Químico; Feu de Andrade, da Cia na Boca; Renato Crozariol, da Cia. Teatral Club Silêncio; e Well Souza, da Cia. Balakko Bacco. 

Melhor Ator – Rodrigo di Paula, Cia. Teatral Club Silêncio,
pelo personagem Calígula da peça ‘Calígula’.
Indicados: Mauro Moraes, do Grupo Teatro das Tormentas; Ralf Stanley, do Grupo Teatro Del Rinoceronte; Rodrigo di Paula, da Cia. Teatral Club Silêncio.

Melhor Atriz – Paola Gonçalves, Cia. na Boca de Jacareí,
pela personagem Lory da peça “O Halo”.

    
Melhor Ator Coadjuvante – Maike Vinícius, Cia. Balakko Bacco,
pelo personagem Arlequino da peça “Queijo e Goiabada”.
Indicados: Maike Vinícius, da Cia. Balakko Bacco; Patrick Aguiar, da Cia. Interiorando de Teatro; e Tiago Henrique, da Cia. Interiorando de Teatro. 

Melhor Atriz Coadjuvante – Suellen Pedro, Cia. Teatral Pokos e Lokos,
pela personagem Jhoana Carijó de “Romycreisson e Julitéia”.
Indicadas: Juliana Lucilha, Cia. Interiorando de Teatro; Paola Gonçalves, do Laboratório Teatro Químico; Suellen Pedro, Cia. Teatral Pokos e Lokos; Tássia Joy, Cia. Balakko Bacco.

Ator Revelação – Tiago Bezerra, Cia. Teatral Superato,
pelo personagem Jones de “Me & Mr. Jones”.

Atriz Revelação – Flávia Ramos, Cia. Teatral Superato,
pela personagem Liz de “Me & Mr. Jones”.

             Melhor Cenário – Paola Gonçalves, Cia. na Boca de Jacareí,
pela peça “O Halo”.
Indicados: Mauro Morais e Ivan Freire, do Grupo Teatro das Tormentas; Paola Gonçalves, da Cia na Boca; Renato Crozariol, da Cia. Teatral Club Silêncio; e Well Souza, da Cia. Balakko Bacco.

 Melhor Maquiagem – Carlos Alberto Gardin, da Cia. Interiorando de Teatro,
pela peça “Boêmios de Adoniran”.

   
 Melhor Figurino – Carlos Alberto Gardin, da Cia. Interiorando de Teatro,
pela peça “Boêmios de Adoniran”.

  Indicados: Carlos Alberto Gardin, Cia. Interiorando de Teatro; Dagmar Siqueira, do Grupo Teatro Del Rinoceronte; Ivan Freire, do Grupo Teatro das Tormentas; Renato Crozariol, Karlos Galahad e Matheus Siltos, da Cia. Teatral Club Silêncio; Well Souza, da Cia. Balakko Bacco.

Melhor Iluminação – Rodrigo Oliveira, Cia. Balakko Bacco,
pela peça “Queijo e Goiabada”.

Indicados: Feu de Andrade, da Cia na Boca; Feu de Andrade, do Laboratório de Teatro Químico; Rafael Soares, da Cia. Teatral Club Silêncio; Rodrigo Oliveira, Cia. Balakko Bacco.

Melhor Trilha Musical ao vivo – Adriano Alves, Grupo Teatro Del Rinoceronte, pela peça “Cabaret Del Rinoceronte”.

Indicados: Adriano Alves, do Grupo Teatro Del Rinoceronte; Tiago Henrique, da Cia, Interiorando de Teatro.
Melhor Sonoplastia Renato Crozariol, Cia. Teatral Club Silêncio,
pela peça “Calígula”.
Indicados: Fernando Rodrigues, do Laboratório de Teatro Químico; Feu de Andrade, da Cia na Boca; e Renato Crozariol, da Cia. Teatral Club Silêncio.  


Texto e Fotos: Aldy Coelho

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TERMINA EM COMEMORAÇÃO O PRIMEIRO FESTIVAL DE TEATRO DE TAUBATÉ


O encerramento da primeira edição do Festival de Teatro de Taubaté, realizado pela Secretaria de Turismo e Cultura e com coordenação da equipe do Teatro Metrópole, foi em clima de festa e comemoração. A premiação aconteceu na noite do dia 26 de setembro com a presença dos grupos participantes e a cômica apresentação dos personagens Chico Santos e Bebe Camargo, caricaturas de Silvio Santos e Hebe Camargo, interpretados pelos atores Alexandre Villa e Jefferson Carvalho.
Nas palavras da Diretora de Cultura Duda Mattos, todo o festival foi “simplesmente fantástico, com grande repercussão na mídia, elogios por parte do público que prestigiou as peças e pela qualidade dos jurados, que durante os debates ofereceram aos grupos e aos ouvintes verdadeiras aulas de teatro”.
Os grupos concorrentes foram avaliados desde o início do Festival pelo corpo de jurados da área de Artes Cênicas, formado por João D’Olyveira - ator, diretor, pesquisador de teatro, cinema, televisão e Mestre em Comunicação e Linguística; também por Marcelo Denny, professor, arte-educador e doutorando em Artes Cênicas; e por Maria Alice Gouveia - fundadora do grupo de teatro da Universidade de São Paulo (TUSP), e que também foi produtora no Festival de Teatro de Curitiba e coordenou o curso de pós-graduação em Administração da Cultura pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
 
Além da premiação em dinheiro, os grupos vencedores e os vencedores de cada categoria receberam um troféu, que foi confeccionado pelo escultor e artista plástico Márcio Gottardi, produzido em resina patinada e que recebeu o nome de ‘Prêmio Polytheama de Teatro’, uma homenagem ao antigo nome do Teatro Metrópole. De acordo com Duda Mattos, o fato lamentável da pichação do teatro, ocorrido durante o Festival, foi um fator determinante para o batismo do prêmio: “Percebemos que o nosso teatro foi o grande destaque deste festival, pois a repercussão do acontecido foi nacional. Por este motivo decidimos homenagear o próprio teatro dando à nossa estatueta o seu antigo nome”.

Mácio Gottardi explica que a inspiração para a confecção da peça foi uma homenagem aos artistas de teatro, que se despem de suas faces e de suas vidas para dar novos rostos e vida nova às personagens, por esta razão, a escultura aparece sem a cabeça e segurando as máscaras da tragédia e comédia, símbolo universal do teatro.

Texto e Fotos: Aldy Coelho/ Marcelo Guilherme (Setuc)

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

LIBERDADE E TIRANIA SÃO OS PONTOS ANTAGÔNICOS QUE SE CONGRUEM EM CALÍGULA

Espetáculo fala sobre o poder como motor da descoberta do monstro que cada um de nós arrasta dentro de si


O último espetáculo da primeira edição do Festival de Teatro de Taubaté foi “Calígula, da Cia. Teatral Club Silêncio, sob direção de Renato Crozariol. O décimo grupo a concorrer se apresentou na noite de terça-feira, dia 25 de setembro, no Teatro Metrópole.

A peça, escrita pelo filósofo franco-argelino Albert Camus na década de 1940, e definida por ele como a tragédia da inteligência, traz a história verídica do tirano imperador romano Caio Júlio César Augusto Germânico – Calígula – reinante entre 37 e 41 dC., que tornou-se famoso pela sua personalidade cruel e sádica, onde irrompe dentro de seu próprio exército uma ação conspiradora contra ele devido suas tiranias desmedidas.


Em seu texto, Albert Camus traz temas filosóficos, que discutem as questões da felicidade, da liberdade e do poder, este último com suas consequências, como as deturpações, incompreensões e equívocos. Também aponta este mesmo poder como causa para a descoberta da ausência de limites interiores. Liberdade e tirania são os pontos antagônicos que se congruem em um único personagem - Calígula quer a liberdade, mas em sua loucura, tiraniza todos a sua volta, como se todos fossem culpados de sua condição.


Calígula deseja a liberdade sem fronteiras, o que o faz atravessar o tênue limite entre a sanidade e a loucura, tentando se igualar a Deus e de querer a Lua, símbolo do impossível. Em sua insensatez, humilha seus companheiros de exército, mata o filho e estupra a esposa de seu general, mata o pai de seu melhor amigo, assassina pessoas sem qualquer motivo aparente, expõe a população de Roma a flagelos e amedronta a todos com pressões psicológicas.


Escolhida pelo diretor por ser um texto antigo, descrevendo uma personalidade histórica, mas que ainda mantém sua temática muito atual – a ganância pelo poder – o diretor Renato Crozariol optou por uma estética simbolista, fazendo referências ao período nazista, utilizando muito vermelho, traços retos e simétricos, e signos de poder como a águia que lembra claramente a suástica – símbolo do exército de Adolf Hitler, o ditador louco que inspirou Camus a escrever esta tragédia.

A frase final deste personagem, que mesmo morrendo ainda profere “Ainda estou vivo!”, além de incomodar, denota que sua personalidade se mantém viva, como se o espírito de Calígula reencarnasse em outras figuras tão ou mais obcecadas pelo poder, referência que o diretor faz ao projetar em uma das cenas alguns dos mais famosos ditadores do período moderno.

Texto e Fotos: Aldy Coelho


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CONFLITOS AMOROSOS É A APOSTA DA CIA. SUPERATO PARA O FESTIVAL DE TEATRO

Atores encenam casal na complicada busca de si mesmo para a compreensão do outro
O amor supera tudo, até a incompatibilidade de gênios. Bem, para esta afirmação, depende de qual casal estamos falando... Para as personagens do espetáculo “Me and Mr. Jones”, é preciso de muita, mas muita paciência. Aí sim, só com amor mesmo.


 Com uma comédia cotidiana simples e bem amarrada, a Cia. Teatral Superato se apresentou no Teatro Metrópole no penúltimo dia do Festival de Teatro de Taubaté, como nono grupo concorrente e o terceiro representando a cidade.


A conquista da vaga para a participação no Festival veio como uma surpresa. O grupo começou tímido, da união de dois amigos recém-formados em teatro pela Escola Fêgo Camargo, que procuravam textos para montagem de sketches, e se depararam com o texto de Elmo Ferrer, um autor de Brasília. O texto era exatamente o que procuravam, e tinha a personalidade dos atores.


Em um período curto, os amigos se arriscaram, procuraram o autor, reuniram outros amigos para ajudá-los, e se inscreveram na Mostra Teatral. A comédia uniu o útil ao agradável - uma peça contemporânea, que fala a linguagem do povo, com personagens de fácil empatia, e situações com as quais qualquer pessoa já se deparou alguma vez. Histórias de amor e relacionamentos são quase todas parecidas.

Na história, após dez anos de convivência, Liz e Jones (ou Elis Regina e Carlos Eduardo) ainda tentam encontrar aquilo que os atraiu um no outro. Ela é desbocada, revoltada e egocêntrica. Ele é romântico, inseguro e sensível. Após um jogo de conquistas que termina na cama, algo a mais os fazem querer ficar próximos. Como todo relacionamento amoroso de longa duração, mantém-se uma interminável luta pela conquista e tolerância entre o casal, separado por diferentes personalidades e interesses.

Os atores Flávia Ramos e Tiago Bezerra, agora mais íntimos no palco, conseguem expressar a sintonia do casal que, embora com personalidades completamente diferentes, assim como na física, reforçam a máxima de que os opostos se atraem.

Texto e fotos: Aldy Coelho 

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“QUEIJO E GOIABADA” É O SEGUNDO ESPETÁCULO A REPRESENTAR TAUBATÉ NO FESTIVAL DE TEATRO

Cia. Balakko Bacco aproxima a Itália de Taubaté através da comédia dell’arte

Uma clássica história de amor, com uma nova roupagem. Assumindo definitivamente como linguagem a comédia dell’arte, a Cia. Teatral Balakko Bacco trouxe novamente para o palco do Teatro Metrópole na noite de domingo, dia 23, o espetáculo “Queijo e Goiabada”, como concorrente do 1º. Festival de Teatro de Taubaté.


Após se apresentar na Mostra Teatral de Taubaté e pelo Festival de Teatro de Jacareí, ao ser analisada por criteriosos profissionais de teatro, o grupo se propôs a expandir seus estudos dentro do Núcleo Balakko Bacco de Pesquisa Cênica (NBBPC) e reformular a estrutura do espetáculo, que também assumiu a metalinguagem – o teatro dentro teatro – como uma trupe teatral que monta ao seu modo a história de Romeu e Julieta, mas com os personagens típicos da comédia dell’arte como o vecchio, a colombina, os inamoratti e o arlequim.


A história começa com a apresentação das famílias inimigas – Os ‘Queijo Mineiro’, destacadas pelo Nonno Pantaleão Queijo Mineiro, sua neta Isabella e a criada Colombina. E também Os ‘Goiabada Cascão’, família composta pela Nona Goiabada Cascão, seu filho Otávio e o criado Arlequino.


Com diversas idas e vindas e um conflito instigante, por mais que se saiba o desenrolar da história, a harmonia dos atores em cena e o trabalho corporal visível, nos leva a crer que o processo de criação não estagnou desde sua última apresentação, e que a consequência disso foi um grande passo na evolução cênica deste grupo.


Agora com uma dramaturgia melhor costurada sem perder a história principal, a participação musical ficou mais incrementada, com mais instrumentos, mais efeitos e inserções musicais, até com os músicos participando ativamente de algumas cenas.

           Ao final, os amantes de famílias rivais – Otávio e Isabella – assim como as demais personagens, encontraram a sintonia exata da comédia e proporcionou ao público o prazer de ver o teatro como arte e diversão. O grupo consegue, como numa alquimia teatral, unir o queijo e a goiabada para fazer uma sobremesa mais que deliciosa de ser apreciada.

Texto: Aldy Coelho
Fotos: Fábio Teberga

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

MEDÉIA EM FACES: GRUPO DE PINDA MODERNIZA EM RELEITURA DE TEXTO CLÁSSICO

Um monólogo que revela uma Medéia humana, expondo seus sentimentos contraditórios

Na noite de sábado, dia 22 de setembro, foi a vez do Grupo Coletivo das Tormentas representar a cidade de Pindamonhangaba na programação do 1º. Festival de Teatro de Taubaté, com o espetáculo “Medéia em Faces”, uma releitura moderna do clássico grego Medéia, de Eurípedes.

A estética do espetáculo em nada lembra um clássico grego. O público reduzido assiste à peça de dentro do palco e a atuação acontece à sua volta, os tornando tanto acusadores quanto os defensores de sua protagonista. Já que é uma releitura modernizada, o uso de equipamentos eletrônicos é uma constante, com televisores, micro-ondas e projeções.

Medeia é interpretada por Mauro Morais, que revela uma personagem mais humanizada, onde a preocupação não é distinguir o gênero feminino-masculino, mas revelar um sentimento de paixão e ódio, que é inerente ao ser humano. Sua interpretação direcionada faz o público participar ativamente das cenas, cara a cara com a personagem, tornando-os cúmplices ou testemunhas de sua loucura.

As projeções em meio à peça mostram uma realidade cruel através de vídeos abstratos, paisagens, programas de TV e depoimentos de pessoas reais que assassinaram por amor ou vingança, nos dizendo que uma história de mais de 400 anos antes de Cristo ainda é muito real e, na maioria das vezes, desconhecida.

A feiticeira Medéia é retratada por meio de coreografias, cenas expressivas, entidades místicas e diversos objetos espalhados em cena, ao mesmo tempo em que a ambígua personagem disserta sobre o amor, os filhos e seu desejo de ser feliz, que acaba por terra quando o marido Jasão a abandona com os filhos para se casar com a princesa de Corinto.

Desafiando o tempo ao aproximar a mulher grega do indivíduo contemporâneo, e investindo numa linguagem onde o espectador toma uma forma mais reflexiva e atuante, o espetáculo concretiza seu objetivo, o de sustentar em quem assiste o paradoxo “Razão-Emoção” para julgar, de dentro da cena, a amante que oscila entre o mítico e o humano.

Texto: Aldy Coelho
Fotos: Fábio Teberga

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ESPETÁCULO “À GOSTO” EXPÕE EM CENA OS CONFLITOS DOS RELACIONAMENTOS HUMANOS

Grupo de Lorena é o sexto grupo a competir no Festival



Um espetáculo que revela a fragilidade dos relacionamentos humanos de forma a estabelecer um contato íntimo com nós mesmos e nossos limites. Isso é o que o público pode conferir em “À Gosto”, do Grupo Vá! de Teatro, da cidade de Lorena, que se apresentou no dia 21 de setembro, no 1º. Festival de Teatro de Taubaté.

O texto original e naturalista mostra a forma como cinco pessoas encaram a vida a partir de seus relacionamentos amorosos e extraconjugais, bem como seus instintos egoístas, expondo suas angústias, tristezas, e medos de uma forma poética e aberta.

O silêncio predominante na cena tem como objetivo transferir o espectador para o lugar das personagens, como se fosse o lugar onde todos deveriam estar: no presente.

Sob direção de Patrícia Marcos Machado, o espetáculo tem no elenco Matteus Almeida, Patrícia Guia, Cássio Borges, Igor Martinêz e Anne Santana. Eles transitam entre as quatro paredes da casa e da vida como uma roda, buscando uma maneira de pôr sentimentos à gosto em seus destinos.

 Texto: Aldy Coelho
Fotos: Fabio Teberga

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CIA. TEATRO DO RINOCERONTE SEDUZ O PÚBLICO COM COMÉDIA DE CABARET NO TEATRO METRÓPOLE

Atores fazem comédia despretensiosa e interativa com presença de banda em cena animando a plateia

Seduzir o público através do riso fácil, despretensioso e contagiante, encenando um texto leve, simples e ingênuo. A Cia. Teatro do Rinoceronte consegue fazê-lo com grande facilidade em seu espetáculo “Cabaret del Rinoceronte”, que se apresentou na noite de quinta-feira, dia 20 de setembro no Teatro Metrópole, dentro do 1º. Festival de Teatro de Taubaté.

As tiradas satíricas, com nuances burlescas e nonsense, entremeadas pelos números musicais cômicos, foram inspiradas nas comédias ágeis dos vaudevilles franceses. O mestre de cerimônia da trupe é quem recepciona os espectadores na porta do teatro, interagindo desde então com a plateia que participa quase que o tempo todo. As coristas com seus figurinos sensuais agem de forma tão ingênua quanto cômica. No palco, encontram os músicos que participam de todo o espetáculo, tendo alguns números musicais só deles.

As sketches cômicas são tão diferentes entre si, mas as ligações feitas entre elas por meio dos números musicais, fazem com que eles se comuniquem o tempo todo, costurando de forma homogênea o espetáculo, sem perder qualidade. Como os dois espermatozoides apaixonados que querem chegar juntos ao óvulo, mas no fim descobrem o ligamento das trompas e resolvem morrer juntos como Romeu e Julieta, ou ainda o cão Ralf Rafl e seu dono de estimação Pittboy, onde é difícil distinguir quem é o cão e quem é o dono.

Entre as trocas de cena entram os anúncios dos patrocinadores, que lembram os comerciais de rádio, com as coristas cantando e um maestro maluco regendo. Entre os produtos anunciados estão coisas absurdas como a pomada ‘Tiro e Queda, que tudo cura sem sequela’, e o ‘Pó de Jiló, o que não mata engorda’.

O público não só interage como também participa de algumas cenas, como a do número do mágico, que escolhe seu ajudante da plateia e ensina como deve se comportar; assim como na cena da Igreja Evangélica da Graça S/A Ltda., que acaba de comprar o teatro e quer converter os espectadores. O pastor sente na plateia quem está mais ‘pecador’ naquele dia e o leva ao palco para transferir os seus pecados para um copo d’água, que ao ser segurado pela pessoa, vai escurecendo e borbulhando.

Vale ainda ressaltar os números curtos da contrarregra dançarina de flamenco, que faz uma coreografia inteira para tirar um adereço de cena, e a do maestro maluco que suas joga dezenas de baquetas na plateia.

A banda ao vivo dá a vida ao espetáculo e condiciona os atores a cantar e dançar o tempo todo, fazendo realmente lembrar um cabaret, assim como pela linguagem debochada e satírica. Ao final, a trupe cumpre seu objetivo de realizar uma comédia despretensiosa e fazer com que o público saia mais leve do teatro.

                                                                         Texto e Fotos: Aldy Coelho

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