Por Aldy Coelho
Um conto de fadas com mais de duzentos anos que se mantém atual e continua encantando adultos e crianças. Com uma linguagem simples, lúdica, colorida e didática, o Grupo Flechas - Arte e Educação apresentou nesta quarta-feira no Teatro Metrópole o espetáculo infantil “Maldizeres e Benfazejos”, dentro programação da 10ª. Mostra de Teatro de Taubaté.
Os contadores de histórias Cissa Oliveira e Edu Lourenço levaram para o palco uma contação de histórias em que puderam encenar seus personagens, mas com um toque interessante - os dois se desdobraram em cinco personagens diferentes, se caracterizando em frente ao público formado por adultos e crianças.
Na história, uma madrasta malvada, após a morte do marido, resolve ficar com toda a sua herança deixada para a família - composta por ela, sua filha legítima e a filha de seu marido. Mas, pra que seu plano se conclua, ela pretende dar um fim em sua enteada, que, ao contrário dela, é uma menina de bom coração.
Para isso, ela diz à menina que vá até a floresta colher morangos silvestres para fazer uma torta, e que só volte quando encontrá-los. Porém, não existem esses tipos de morango no inverno. Mesmo sabendo disso, a menina obedece a sua madrasta e vai até a floresta.
Chegando lá, ela encontra um velho - que na verdade é um ser mágico da natureza - que pergunta a razão da menina estar pela floresta sozinha. Ela explica que foi a mando de sua madrasta e oferece a ele o único pão velho que tinha como alimento. Pela bondade da menina, ele resolve ajudá-la a voltar para casa. Com uma mágica, o velho enche sua cesta com morangos silvestres, e também lhe oferece um dom pelos seus benfazejos – sempre que falasse, ao invés de palavras, sairiam ouros e joias.
Quando ela volta para casa, a madrasta se espanta ao encontrá-la com a cesta cheia de morangos. E quando a menina abre a boca para contar o que lhe aconteceu, sai muitas joias de sua boca. Então, a madrasta egoísta resolve fazer uma torta com os morangos e enviar para o velho da floresta através de sua filha legítima. Com isso, ela imaginou que ele daria a sua filha um dom muito mais enriquecedor do que o de sua enteada.
Reclamona e mal-humorada, a filha da madrasta foi para a floresta com a torta. Mas quando chegou lá, não encontro o velho, e sim um senhor faminto que chegava de viagem. Porém, como a menina era malvada como sua mãe, ela não lhe deu a torta e disse que se não encontrasse o velho, ela mesma comeria tudo sozinha.
Mas este senhor era o mesmo velho - o ser mágico da natureza - e como a ela foi muito mal-educada e lhe disse um monte de maldizeres ao invés de ajudá-lo, ele fez o feitiço contrário – a partir daquele momento, sempre que ela abrisse a boca, não sairiam palavras e sim cobras e sapos.
É claro que sua mãe ficou uma fera e colocou toda a culpa na enteada. Mas como ela era muito mais esperta, foi embora com o seu dom, encontrou um príncipe encantado e viveu feliz para sempre.
Confira toda a cobertura da 10ª. Mostra de Teatro pelo
Jornal Diário de Taubaté
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